Ele chamou de inadmissível o reajuste de 39% no preço do gás natural. Presidente afirmou, durante posse do novo diretor-geral brasileiro de Itaipu, que enviou um projeto de lei à Câmara dos Deputados para dar transparência a política de preços dos combustíveis. Projeto deve ser pautado em 15 ou 20 dias, segundo o presidente.
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido) criticou nesta terça-feira (7) os reajustes de preços de combustíveis e disse ser “inadmissível” o aumento de 39% no gás natural anunciado pela Petrobras na segunda-feira. Afirmou que não vai interferir, mas disse que pode mudar a “política de preços” da estatal com o apoio da Câmara dos Deputados.
“É inadmissível anunciar o reajuste de 39% do gás [natural]. Que acordos foram esses? Que contratos são esses? Foram feitos pensando no Brasil pelo período de 3 meses. Não vou interferir. A imprensa vai dizer o contrário. Mas podemos mudar essa política de preços lá’”, afirmou.
O aumento do gás natural é mais um anunciado pela Petrobras ao longo dos últimos dias. Na sexta-feira, a petroleira comunicou um reajuste de 5% do gás de cozinha.
Bolsonaro tem criticado publicamente o aumento de preços praticado pela Petrobras. Em fevereiro, decidiu indicar o general Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco no comando da estatal porque se mostrou insatisfeito o reajuste do diesel e da gasolina.
Além da troca na Petrobras, a gestão Bolsonaro promoveu mudanças no comando de importantes estatais. André Brandão renunciou ao cargo de presidente do Banco do Brasil, e Wilson Ferreira Junior deixou o comando da Eletrobras.
Castello Branco, Brandão e Ferreira Junior eram nomes que tinham o respaldo do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do mercado financeiro. Não à toa a troca de comando das estatais já provocou perdas bilionárias para as empresas na bolsa de valores.
Nesta quarta-feira, a fala de Bolsonaro voltou a repercutir no mercado financeiro. O dólar subiu 0,74%, cotado a R$ 5,6404.
Uma fonte: g1.globo.com